Por José Cacildo Vasconcelos
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A geração Z provoca discussões e questionamentos
A geração Z, que nasceu entre 1995 e 2010, frequentemente é criticada por muitos devido aos valores, costumes, hábitos, religiosidade, disciplina e tantos outros pontos da vida. Os críticos muitas vezes são os próprios pais. E aí, será que eles participaram da criação ou somente pagaram as contas?
Fizeram os filhos os enxergarem como educadores sensatos? Foram amigos? Divertiram-se com eles? Houve diálogo? Conversaram sobre o quê? O maior investimento que podemos dar aos nossos filhos é o nosso tempo. Se medirmos o tempo dedicado a eles, até onde é justo cobrar?
Os valores superficiais são hoje maciçamente incentivados pelas mídias diversas: textos curtos, vídeos curtos e banais e conteúdo raso. E a maioria dos pais absorve os valores, a forma de se expressar, de se vestir e de se comportar dos filhos. Ou seja, há uma inversão.
O neurocientista francês Michel Desmurget afirma que o QI da nova geração, os chamados “nativos digitais” é inferior ao dos pais. O resultado se repete em diversos países. Fica a pergunta: Onde os pais falharam, já que foram eles que criaram a nova geração?
Com a IA (Inteligência Artificial) há alguns equívocos: para se fazer uma busca eficiente é necessário ter um vocabulário extenso, e isso só se consegue lendo. O Google deixou quase todos acomodados, e o mais grave é ouvir que ele sabe tudo.
Na verdade, as buscas são direcionadas e levam em conta questões monetária e ideológica, e na procura quase ninguém passa da metade da primeira pagina. Triste realidade. Os pais precisam fazer uma reflexão para saber onde erraram, porque a tendência é piorar.
José Cacildo Vasconcelos
Consultor empresarial
Instagram: @cacildoconsultor